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Foto do escritorPrincipia Júnior

A IMPORTÂNCIA DA VACINA NA SOCIEDADE



O Sistema Imunológico do ser humano

Corpos estranho nos rodeiam em todo lugar, quando em contato com um desses organismos adversos pode causar doenças e até a morte. O corpo se protege desses agentes patogênicos, por exemplo, a pele e os pelos são barreiras físicas que evitam os germes de entrarem no nosso organismo, mas quando ocorre a infecção o sistema imunitário é ativado e o agente patogênico é atacado e destruído.

Um agente patogênico pode ser uma bactéria, vírus, parasita ou fungo que pode causar doença no corpo. Os anticorpos são responsáveis pela proteção no nosso organismo, a subparte de um agente patogénico que causa a formação de anticorpos é chamado de antígeno. Ou seja, para cada antígeno há um anticorpo específico, que é criado especificamente para ele. Quando o corpo produz anticorpos na sua resposta primária a um antígeno, também cria células de memória produtoras de anticorpos, que permanecem vivas, mesmo depois de o agente patogénico ser derrotado pelos anticorpos. Isso significa que, se a pessoa for exposta ao agente patogénico perigoso no futuro, o seu sistema imunitário será capaz de responder imediatamente, protegendo contra a doença.

AS VACINAS

O que são: as vacinas estimulam nosso sistema imunológico para a produção de anticorpos de determinado antígeno. As vacinas são produzidas a partir do agente atuador da doença que estará inativado ou em fragmentos na substância. Além disso, fazem parte da composição da vacina: líquido de suspensão, substâncias conservantes e estabilizadores.

Como funcionam: quando a vacina é injetada no organismo o sistema imunológico já é notificado da entrada de um corpo estranho e então inicia a produção de anticorpos, isso facilita a produção de anticorpos quando somos expostos novamente àquela doença. Então a vacina atua da mesma forma que uma infecção contraída naturalmente, porém, não há riscos ao hospedeiro, pois ela não é capaz de provocar o a doença. Algumas vacinas requerem várias doses, separadas por semanas ou meses. Isso é necessário para permitir a produção de anticorpos a longo prazo e o desenvolvimento de células de memória.

Reações adversas: as vacinas são seguras e podem apresentar algumas reações brandas e passageiras como vermelhidão, dor no braço e febre. A informação de que algumas vacinas podem causar autismo é incorreta. Essa ideia começou a circular após a publicação de um artigo em 1998, porém o estudo apresentou erros e falhas e foi refutado pela comunidade científica.

Eficácia da vacina: A eficácia da vacina é traduzida como a capacidade do imunizante em conferir proteção imunológica a um determinado agente. A eficácia diz respeito apenas ao estudo entre os voluntários da pesquisa. O número que indica o impacto real da vacina na população é a efetividade. A ANVISA exige uma eficácia com mais de 50% para a distribuição das vacinas à população.

Doenças controladas por vacinas:

Varíola: única doença erradicada no mundo inteiro pela vacina, o último caso registrado foi na década de 80. Causada por um ortopoxvírus os sintomas são semelhantes aos da gripe e os pacientes apresentam irritação na pele. Não há tratamento ou cura para a varíola, apenas a vacina pode preveni-la.

Poliomielite: causada pelo poliovírus (PV), um enterovírus do tipo RNA que ataca os neurônios motores, causando fraqueza muscular e paralisia aguda, principalmente em crianças. Em 1988, a pólio causava deficiência motora em mais de mil crianças por dia. Um programa de vacinação foi coordenado pela ONU de modo que o número de casos foi caindo e hoje está erradicada na maioria dos países ocidentais (no Brasil, desde 1989).

Sarampo, caxumba e a rubéola: a vacina tríplice viral é administrada a partir dos 12 meses e previne contra essas 3 doenças, que são altamente contagiosas e que surgem preferencialmente em crianças.

Difteria: doença bacteriana aguda localizada frequentemente nas amígdalas, laringe e nariz. A maneira mais eficaz de preveni-la é por meio da vacinação.

ATENÇÃO: Com o movimento antivacina, doenças que já foram controladas estão voltando a circular entre as pessoas. A grande maioria dessas doenças não possuem tratamento nem cura, a única maneira de controlar é por meio das vacinas.


Vacinas contra a Covid-19:

A covid-19 é uma doença causada pelo vírus SARS-CoV-2. A Organização Mundial da Saúde decretou em março de 2020 pandemia causada por essa doença, desde então a comunidade médica e cientifica tem juntado esforços para desenvolver uma vacina segura e eficaz contra a Covid-19. Atualmente temos em circulação no Brasil três vacinas produzidas por fabricantes diferentes. São elas:

CoronaVac: Desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech e produzida pelo Butantan no Brasil, utiliza a tecnologia de vírus inativado, uma técnica consolidada há anos e amplamente estudada. O vírus injetado não é capaz de causar doença, mas induz uma resposta imunológica. Necessária 2 doses no intervalo entre 14 e 28 dias. A eficácia geral da vacina é de 50,38%, 100% eficaz nos casos moderados e graves e 78% eficaz nos casos leves da covid-19.

Astrazeneca: Foi desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a universidade de Oxford. No Brasil, é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A tecnologia empregada é o uso do vetor viral. O adenovírus, que infecta chimpanzés, é manipulado geneticamente para que seja inserido o gene da proteína “Spike” (proteína “S”) do Sars-CoV-2. A imunização é de 2 doses no intervalo de 12 semanas entre as aplicações. A eficácia é de 76% após a primeira dose e 81% após a segunda.

Pfizer: desenvolvida pela farmacêutica em parceria com o laboratório BioNTech. A tecnologia se baseia no RNA mensageiro, ou mRNA. O RNA mensageiro sintético dá as instruções ao organismo para a produção de proteínas encontradas na superfície do novo coronavírus, que estimulam a resposta do sistema imune. O intervalo entre as doses é de até 12 semanas após a primeira. E sua eficiência é de 95% após a segunda dose.

ATENÇÃO: Quanto maior o número de pessoas vacinadas, melhores serão os resultados no combate à pandemia. E, tal como indicam os diversos estudos sobre a eficácia e a eficiência da vacina, nem todos aqueles que recebem a vacina acabam se tornando imunes à doença, mas quanto maior o número de pessoas imunizadas mais a população fica protegida. Portanto, tomar ou não uma vacina não é uma decisão que afeta exclusivamente a pessoa com esta decisão, ela interfere também na saúde de todos aqueles com quem convive. Por isso, a vacinação não é simplesmente uma questão de opinião, mas de conscientização social e saúde pública.

Referências:

Quais são as diferenças entre as vacinas contra Covid-19 que estão sendo aplicadas no Brasil? Disponível em: https://butantan.gov.br/covid/butantan-tira-duvida/tira-duvida-noticias/quais-sao-as-diferencas-entre-as-vacinas-contra-covid-19-que-estao-sendo-aplicadas-no-brasil

Como as vacinas funcionam? Disponível em: https://oxymed.com.br/como-as-vacinas-funcionam/

Vacinação Covid-19: Coronavac e Astrazeneca/Oxford. Disponível em: https://coronavirus.saude.mg.gov.br/blog/229-vacinacao-coronavac-astrazeneca-oxford

Quais doenças infecciosas foram erradicadas pelas vacinas? Disponível em: https://www.tecmundo.com.br/ciencia/218564-doencas-infecciosas-erradicadas-vacinas.htm

Movimento antivacina: 4 doenças erradicadas que podem retornar ao Brasil. Disponível em: https://www.unimedfortaleza.com.br/blog/cuidar-de-voce/movimento-antivacina

Sarampo, pólio, difteria… Por que doenças erradicadas estão voltando? Disponível em: http://www.femipa.org.br/noticias/sarampo-polio-difteria-por-que-doencas-erradicadas-estao-voltando/


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