O dia Nacional do combate ao fumo foi estabelecido na década de 80, com o objetivo de conscientizar a população geral sobre os riscos relacionados a prática do fumo.
A Data
A data nacional comemorativa ao combate ao fumo foi criada em 1986, sob a lei de n°7488. Seu objetivo é conscientizar a população geral a respeito dos riscos associados ao fumo, que é caracterizado principalmente pelo tabagismo.
O Tabaco
Trata-se de uma planta, a Nicotiana Tabacum. Suas folhas têm como princípio ativo a nicotina, uma substância psicoativa. Ela está presente em produtos tais como charutos, cachimbos, narguilés e cigarros. Segundo a OMS, existem mais de 1 bilhão de fumantes em todo o mundo. No Brasil, a versão mais recente da Pesquisa Nacional de Saúde (2019) aponta a existência de 12,6% de fumantes adultos no país.
Composição
Nicotina, amônia, cádmio, arsênio, plutônio... Não, este não é um texto educativo de química. Trata-se de algumas das milhares de substâncias presentes em cigarros e correlatos ou provenientes de sua queima. Ao todo, encontram-se na fumaça do cigarro mais de 4 mil substâncias prejudiciais a saúde humana. Este número aumenta quando se considera os compostos industriais presentes nas folhas de tabaco. A seguir, destacam-se as seguintes substâncias:
1. Nicotina
A nicotina é considerada a principal substância presente em cigarros. Ela é fatal em quantidades acima de 50 mg, e cada cigarro possui em torno de 2 mg. É conhecida por ser uma droga psicoativa, pois atua no sistema nervoso central, estimulando a produção de dopamina. Quando este hormônio está em baixa quantidade, o indivíduo sofre de ansiedade. Portanto, a nicotina é uma droga que causa dependência àquele que a consome.
2. Monóxido de Carbono
Este gás é responsável por dificultar o transporte de oxigênio sanguíneo. Por estar presente na fumaça, é tóxico não apenas ao fumante, como também àqueles próximos da fumaça e que a inalem.
Na fumaça do cigarro, outros gases estão presentes, tais como cianeto de hidrogênio, amônia, formaldeído, entre outros compostos tóxicos.
3. Alcatrão
Por sua vez, o alcatrão é uma mistura de milhares de substâncias, entre elas metais pesados, nitrosaminas, compostos aromáticos, entre muitas outras. Possui coloração marrom, sendo responsável por amarelar os dentes daquele que fuma.
É Possível Parar de Fumar?
SIM!! É possível vencer a dependência química causada pela nicotina, e assim largar o hábito de fumar.
Tendo isso em mente, o INCA (Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva), em parceria com os 26 estados e o DF, se responsabiliza pela rede de tratamento do tabagismo através do SUS. Este programa se vale de técnicas cognitivo comportamentais e de medicamentos apropriados (adesivos e gomas) utilizados em conjunto, visando contribuir com o desejo do tabagista de deixar de fumar.
Benefícios
Veja o que acontece se você parar de fumar agora:
Após 20 minutos, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal.
Após 2 horas, não há mais nicotina circulando no sangue.
Após 8 horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza.
Após 12 a 24 horas, os pulmões já funcionam melhor.
Após 2 dias, o olfato já percebe melhor os cheiros e o paladar já degusta melhor a comida.
Após 3 semanas, a respiração se torna mais fácil e a circulação melhora.
Após 1 ano, o risco de morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade.
Após 10 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram.
Parar de fumar também proporciona, a curto e longo prazo, melhora da aparência; diminuição do risco de contrair diversas doenças, incluindo a Covid - 19; e economia de dinheiro.
Em poucas palavras, parar de fumar sempre vale a pena em qualquer momento da vida!
Referências
Tratamento do Tabagismo. Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva. Disponível em: <https://www.inca.gov.br/programa-nacional-de-controle-do-tabagismo/tratamento>.
Dados e Números da Prevalência do Tabagismo. Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva. Disponível em: <https://www.inca.gov.br/observatorio-da-politica-nacional-de-controle-do-tabaco/dados-e-numeros-prevalencia-tabagismo>.
SILVA, Flávia Cristina Barbosa. A Influência do Tabagismo na Doença Periodontal: Revisão da Literatura. Artigo de revisão. Centro Universitário São Lucas. Porto Velho, 2021.
PUPULIM, Alison F.; et al. Mecanismos de Dependência Química no Tabagismo: Revisão da Literatura. Artigo de Revisão. Revista Médica da UFPR, 2015, p. 74- 78. DOI: 10.5380/rmu.v2i2.42122.
Why You Should Quit Smoking. UK HealthCare, Gill Heart & Vascular Institute. Disponível em: <https://ukhealthcare.uky.edu/gill-heart-vascular-institute/patient-resources/general-health/smoking>.
Tabagismo. Secretaria de Estado de Saúde. Disponível em <https://www.saude.mg.gov.br/tabagismo>.
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